Quem observar o Volkswagen Up! (com vendas previstas ainda este mês), terá a clara noção de maturidade desse compacto. Ícone da marca, atrevido em estilo e performance, a primeira revisão estética indica novos traços frontais e posteriores, para dar sensação de largura, frente com a atual assinatura familiar da maior das fabricantes alemãs. Parachoques em maior porte, novo grupo óptico, friso cromado entre os faróis e equivalente assinando a franja inferior da tampa do porta-malas. Mudanças nos anteparos geraram mais 8 cm em comprimento, agora 3,68 m. Nova arte conseguiu tirar a cara de carrinho de brinquedo e deu-lhe mais personalidade.
Geral >> Juristas usam expressão típica, própria para definir coisas: ´Prima Facie´, dizem. Na prática do pé no chão é o “tá na cara”. Do tipo: viu, entendeu. O verbete dos juristas é claramente aplicável a esta 2ª edição do Up!. Nela está perceptível o ganho de qualidade por materiais, delicadezas tecnológicas para atender a novo padrão de exigência de consumidores jovens, maioria dos clientes desse carro. Querem conectividade, e a Volkswagen criou solução muito interessante para combinar condução com o uso do celular: é o “Composition Phone”. Todos os Up! portam um apoio sobre o painel para atracar o celular. Baixado um programa, o “Maps+More” enlaça rádio e SmartPhone, cuja tela passa a ser a do sistema de som e adicionalmente permite controlar funções do celular via comandos do som; mostrar atalhos para agenda; fazer e receber ligações; escutar música; utilizar aplicativos como Spotify e chamada para o Volkswagen Service, para serviços de apoio. Tem mais: navegação, com procura por desenho de uma letra na tela; condução econômica; computador de bordo; espelhar mostradores como o conta-giros e o termômetro; busca de endereços, contatos, músicas salvas no telefone, etc…
Up! grading >> Com desculpas aos leitores pelo irrefreável trocadilho, o salto maior para o Up! foi a agregação de tecnologia, conectividade, refinamento no interior, com itens inusuais em carros desta categoria, como painéis de mostradores maiores, a composição com uma faixa no painel, um fio de luz percorrendo toda a extremidade inferior. Além deste item de luminosa presença à noite, há sensores indicativos para a abertura individualizada de portas e alerta sonoro de faróis acesos. Virá apenas com 4 portas em três versões de decoração e composição: Take Up!, Move Up! e High Up!, além da fugaz “Connection”. Duas opções de motores, ambos 1.0 de 3 cilindros e 12 válvulas. Um, dito MPI, com aspiração atmosférica e 82 cv de força máxima e outro, TSi, turbo, mesma conformação, mas gerando 105 cv.
Clientes >> Insuspeitado marqueteiro, festejado Milton Nascimento canta, “todo artista deve ir aonde o povo está…” É a base do marketing: ir atrás do cliente. Assim, indo, além da demanda por design, preço, condições, conectividade, a VW percebeu outro item na conta de exigências dos compradores: recorde de consumo. É importante ser o mais econômico no mercado. Por isto implementou a nova geração, submetendo-a a nova avaliação do Inmetro para tê-la, ao momento, como de menor consumo no país. Há adições importantes como vir equipado com engates Isofix e Top-Tether para retenção de cadeirinhas para crianças. Acima da versão de entrada, bancos traseiros com cintos retráteis, três apoios para cabeça – coisa inexplicável: gente com renda menor pode ser expor a danos maiores em caso de acidente? Atração lógica é o custo de conserto, dito Índice de Reparabilidade. O Up! é o de consertos mais baratos no país. Área de comunicação da Volkswagen ter-se-á inspirado em algum manual de aviamento de remédios homeopáticos, tratando lançamentos e apresentações em doses pequenas, contidas, como seriadas gotas e bolinhas. No Up! está sendo assim. Nesta semana exibiu a nova versão Connect e os dados comuns às demais, conseguindo bom espaço de divulgação. Dia 17, apresentação das demais, e mais espaço gratuito sobre o produto. Após, test drives e mais cobertura sem custos. Fonte da marca prometeu versão inesperada, outro gerador de espaço sem ônus para divulgação.
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Quer conhecer Renault Kwid e Amarok V6? Vá ao Salão de Buenos Aires, 10-20 junho >> A exposição será nas instalações de múltiplo uso de La Rural, cujo pico é, como o batismo esclarece, exposições de semoventes. Na variedade dos cavalos de potência, dentre as novidades, duas serão antecipação ao mercado brasileiro: Renault Kwid e picape VW Amarok 3.0/V6. Sétima edição de segunda fase, mercado local em recuperação, quer atingir 500 mil visitantes e superar os 270 veículos expostos em 2015.
Renault Kwid será novidade da marca francesa, passo de entrada no mercado brasileiro, plotando tê-lo como o carro nacional mais barato do mercado, como foi o antecessor Clio. Mantido o foco, disputará com o sino-paulista Chery QQ, a improváveis R$ 29.990. Pequeno, motorização 1.0 tricilíndrica, 75 cv de potência. Tem a seu favor o peso contido, pouco superior a 800 kg. Consequências físicas, boa disposição e respostas com consumo reduzido. Não é o mesmo já em produção na Índia, porém, carro diferenciado, com muitos reforços estruturais para passar na prova de impacto do LatiNCAP. Será produzido no Brasil, mas o Salão portenho é ótima ocasião para apresentá-lo ao desejado mercado argentino. Lançamento local em julho.
Topo >> O picape VW Amarok deveria surpreender o mercado com atualização estética, pois já está na hora. Mas a Volkswagen não o fará ainda. Entende que criar opção com motor V6 a diesel, por si só será atrativa à aquisição. Motor é comum ao VW Touareg, Audi Q7 e Porsche Cayenne: diesel, seis cilindros em ´V´, 3.000 cm³ de cilindrada, injeção direta, turbo, produzindo 220 cv e monumentais 55 kgf.m de torque. Dúvidas quanto à transmissão, com seis ou oito velocidades, automática. Será a picape deste porte com maior capacidade de aceleração, buscando clientes de topo do agronegócio. É argentino, mas tem no Brasil seu maior mercado.
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RODA-A-RODA
AMBIENTE – Decisão legal do ´Dieselgate´, irônico apelido do caso das emissões extra-normas dos motores VW 2.0 a diesel, criaram problema insolvível: Justiça dos EUA obrigou a VW recomprar Golfs e Passats com tal motorização.
LIXO DE LUXO – Enorme frota se acumula aos milhares, e a VW não decidiu qual solução tomará: vender a países sem ou com menores restrições a emissões poluentes, montando estrutura assistencial; ou desmontá-los a céu aberto, gerando poluição ambiental muito superior às emissões?
PAPÉIS – Nissan iniciou construir escritórios de administração da marca na Argentina, dentro da pioneira fábrica de veículos implantada em 1955 pela IKA (braço da Willys-Overland) em Córdoba, a 710 quilômetros de Buenos Aires.
MISSÃO – Vai gerir produção, vendas internas e externas da picape NP 300 Frontier, invulgar por apresentar-se como: Nissan, Renault e Mercedes-Benz.
PARAFUSOS – Produção será na área da fábrica atualmente da aliada Renault, a partir de 2018. Fará 12ª geração de picapes Nissan, ora trazida do México.
GOL FICA – Com o anúncio pela Volkswagen em relançar a linha Polo no Brasil, a marca enfatiza ser novo produto, e não substituto do Gol. Família própria terá hatch até o final do ano; sedã Virtus ao início de 2018; SAV T-Cross ao final. VW mostrou-o como conceito no Salão do Automóvel ano passado.
DE NOVO – Toyota vende nova geração do RAV4, conhecido SAV da marca. Cortou a tração nas quatro rodas e simplificou mecânica para tração dianteira, motor 2.0, transmissão CVT, batizando-o RAV4 4X2 CVT Top. Preço sugerido é de: R$ 159.290
HISTÓRIA – RAV4 viabilizou o uso urbano dos veículos com atributos ´off road´ e abriu caminho aos fabricantes ocidentais. Inspirou-se no Lada Niva, bem bolado jipinho russo, inventor do segmento.
OUTRA – Fosse feito por empresa com responsabilidade construtiva, o Niva teria passado o rodo no mercado. Mas na vigência e nos eflúvios da cabeça comunista da União Soviética, sem compromisso de qualidade com o mercado, mostrou a fórmula, o caminho, inspirou a quase todas as marcas no mundo.
ANTIGOS – Oitava edição do Auto Argentino, encontro a veículos de produção no vizinho país, organizada pelos sites Autohistoria e Coche Argentino, e o Rotary Club de Francisco Álvarez. Neste ano, comemorações de 60 anos da Peugeot na Argentina e de lançamento da Willys Rural, lá a IKA Estanciera.
EFERVESCÊNCIA – Rumor no mercado de assessoria de comunicação profetiza mudanças em duas marcas. Lugares poucos, candidatos muitos.
GENTE – Rogério Louro, carioca, jornalista, promoção. Novo diretor de comunicação da Nissan. Fez o impossível com equipe pequena: lançou o Kicks em meio à esmagadora e diuturna atividade de promover os Jogos Olímpicos e acompanhar a tocha símbolo. OOOO Mila Poli, executiva, ascensão. Gerente de comunicação externa da Nissan. Estrutura de comunicação Nissan instiga pesquisa de administração. Escritórios espalhados pela América Latina, consultas, palpites e anuências em três cidades diferentes, idiomas diversos, burocracia com a lógica cartorial lusitana. OOOO Cauã Reymond, ator, negócio. Embaixador da linha Range Rover no Brasil. OOOO Registro: dia 4 de abril marcou a passagem de Karl Benz, viabilizador do automóvel, em 1929. OOOO .(Os artigos assinados por colaboradores são de inteira responsabilidade dos seus autores. A editoria geral desse veículo, necessariamente, não concorda com as opiniões aqui expressas. Texto desta coluna: Roberto Nasser)