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GPS – Curtas Quentinhas

E agora? – O descontentamento é quase generalizado sobre o aumento de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em 30%, anunciado na semana passada pelo governo brasileiro. A Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores), entidade que congrega 27 associados, está preocupada com a medida, já que elas serão afetadas diretamente com o aumento de preço de seus produtos.

Justiça – A “canetada” da Presidente Dilma já tirou o sono dos importadores, que deverão recorrer à Justiça nos próximos dias. O problema é que até mesmo a Abeiva está dividida quanto à eficácia desse contra-ataque.

União – O Governo tem o apoio da  Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes dos Veículos Automotores) que, por intermédio de Cledorvino Belini (Presidente) e Rogélio Golfarb (vice-presidente), atestam que a atitude não foi uma cartada puramente protecionista. A Anfavea nega que houve lobby das grandes montadoras instaladas no país e argumenta que a medida tinha que ocorrer como “proteção à industria automotiva nacional, que representa quase 23% do PIB do Brasil e que emprega milhares de trabalhadores”.

Regras – A partir de agora a situação prevê que todas as marcas que atuam no Brasil terão que cumprir três requisitos: 1) Destinar 0,5% de sua receita para pesquisa e desenvolvimento; 2) Ter 65% de nacionalização em todos os seus carros aqui vendidos; 3) Cumprir outros compromissos (que ainda não foram devidamente explicados pelo Governo) no processo produtivo. Quem conseguir isso estará livre do aumento.

Mais – Quem não conseguir atingir essas metas governamentais, terá o aumento do imposto inclusive sobre os carros nacionais ou vindos da Argentina e México, países que possuem acordo de isenção de impostos de importação com o Brasil.

Como é que fica? – A conta é simples: para veículos com motores até “1 litro” (1.0 ou 1.000cm³) o IPI salta de 7 para 37%. Motores 1.0 a 2.0 Flex (11 p/ 41%). Propulsores 1.0 a 2.0 a gasolina ou diesel (13 p/ 43%). Acima de 2.0 Flex (48%) e 55% (acima de 2.0 a gasolina ou diesel).

Na prática – Os carros importados aqui no Brasil deverão ter um aumento médio entre 28 e 32%. Exemplo: um veículo que custava R$ 100 mil subirá para R$ 128 mil. Quem vai sofrer mais? Na minha opinião, os carros nas faixas de preço entre R$ 22 e R$ 42 mil. É a famosa “briga de cachorro grande…” Vamos ver até aonde vai essa novela.

Sabe aonde… – A Volkswagen poderá construir uma nova fábrica de automóveis? Em Pernambuco.

A montadora alemã tem planos concretos para a construção de uma enorme unidade fabril com apenas uma linha de montagem, onde seria feito o novo modelo “Up!” Depois da Fiat Automóveis anunciar e concretizar um mega-investimento de bilhões na ex-anônima cidade de Goiana, interior pernambucano, a VW também se interessou pela localização estratégica próxima ao Porto de Suape.

Enquanto isso… – Nós, alagoanos, ficamos somente com fábricas de sopa, picolés e estupradores, tal qual o que destruiu a vida da inocente turista que tentava comemorar o seu aniversário junto ao marido na “paradisíaca” Praia do Francês. Saudade enorme da pacata e humana Alagoas, Paraíso das Águas…

Nem aí – Você sabia que hoje, 22 de setembro, comemora-se o “Dia Mundial sem Carro”? Olhe ao seu redor no trânsito a quantidade de brasileiros que aderem à idéia. Quase ninguém, pois a maioria não está nem aí para congestionamentos, poluição e efeito estufa. É a tal da mobilidade egoísta, com carrões enormes transportando apenas uma pessoa.