Além da ´monetização de cabine´ e da fidelização do cliente com pacotes digitais extras a serem pagos em atualizações durante anos, os tradicionais fabricantes de veículos estão desenvolvendo outras maneiras de lucrar a partir da pura e simples comercialização direta do automóvel. As modalidades mais antigas são a venda e o aluguel. Mais recentemente a ´assinatura´ (que difere-se um pouco do tradicional leasing) e o compartilhamento de veículos, também começaram a tomar força.
A questão central tem a ver, principalmente, com novas gerações de pessoas que estão surgindo e que já não demonstram tanto interesse em possuir um veículo próprio como outrora acontecia, já que isso representa custos de renovação de emplacamento, seguro, manutenção básica e até o incômodo de estacionar ou de não poder guiar o veículo após beber apenas um simples drinque num ´happy hour…´
No intuito de colocar seus veículos elétricos ao máximo na vitrine, a Volkswagen, por intermédio da locadora Europcar, acelera firme no seu negócio de alugueis de carros. A empresa alemã explora com esse tipo de solução em mobilidade, principalmente, os seus modelos elétricos ID.3 e ID.4. Audi, Porsche e BMW (via ConnectedDrive) também estão no ringue, assim como a Hyundai com o ´Mocean´ (serviço de assinatura mensal), a Toyota com o ´Kinto´, Jaguar Land Rover (com o seu serviço de assinatura ´Carpe/Pivotal´), Volvo Cars com o programa ´Care by Volvo´ e até a requintada Genesis (marca premium da Hyundai) com o seu ´Flexibilidade Genesis´, que oferece a possibilidade de cancelamento da locação a qualquer momento. Em parceria com a Zoomcar e a Orix, a Nissan começa a impulsionar a sua plataforma ´Nissan Intelligent Ownership´, sem esquecer de tantas outras empresas menos conhecidas que oferecem aluguel, por exemplo, de uma Ferrari zero km a um clássico dos anos ´1950, ambos prontos para o desfrute imediato em algum lugar do mundo. A equação sempre oscila entre a necessidade de se possuir um carro para o uso diário ou usar um veículo sob demanda, de acordo com a vontade e o poder de fogo do bolso do freguês. O mercado nesse sentido é crescente, pujante e encontra adeptos. Lembrando que, desde que o mundo é mundo, a melhor maneira de se adquirir qualquer coisa ou serviço é na condição de se pagar ´à vista´, barganhando o preço pela força da quitação imediata. Cada qual com suas necessidades e cuidado (ou falta de…) com o seu próprio dinheiro. O segmento automotivo não para de se adaptar aos novos costumes do mundo globalizado. (Fotos: divulgação BMW / Nissan / Instagram: @acelerandoporai.com.br)