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Braço robótico já é capaz de recarregar carro elétrico sem intervenção humana

Por ausência de uma legislação específica e também por falta de infraestrutura tecnológica, o Brasil ainda não oferece serviço de ´robotáxis´ à população. Trata-se de um veículo 100% elétrico, autônomo e não tripulado, que fica disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana às pessoas que queiram utilizá-lo como meio de transporte. Por aqui isso ainda não existe, mas nos Estados Unidos e na China a coisa é um sucesso e também já se configura como um fortíssimo concorrente aos taxistas tradicionais e motoristas de aplicativos. A Waymo (nos EUA) realiza, em média, 100 mil viagens urbanas por semana com os seus robotáxis e a chinesa Baidu começará as suas operações no ano que vem com certeza de lucro líquido.

Como todas as invenções, essa também tem um ´calcanhar de Aquiles´, que é o momento da recarga da bateria. Nesse instante o robotáxi ainda necessita de auxílio humano, e esse detalhe custa caro em algumas metrópoles de renome global, como New York, Tóquio, Berlim e Londres, por exemplo. A solução mais factível para resolver esse gargalo técnico é um braço robótico que consegue acoplar – sem a ação de um ser vivo – o plugue elétrico de uma estação de recarga à porta de entrada da alimentação da bateria localizada na carroceria do robotáxi. Além da evidente praticidade e redução de custos, também tem a questão da segurança envolvida na hora do reabastecimento.

No esquema de fluxo de uso dos robotáxis não existem divisões de turnos, pois não há motoristas envolvidos no processo. Logicamente que é necessária uma higienização diária do interior do veículo, lavagem da parte externa (em intervalos bem mais longos) e paradas programadas para revisões mecânicas.

Basicamente, empreendedores desse segmento estão procurando entregar eficiência, rapidez e praticidade. Ao “sentir” necessidade de recarregar a bateria, o carro tem que encontrar um ponto elétrico mais próximo e, ao término do reabastecimento, imediatamente, ele deve voltar ao trabalho. É exatamente nesse instante que um carro autônomo atropela a concorrência contra pessoas comuns que precisam parar, descansar e se recompor após longas jornadas de trabalho.

As frotas de robotáxis somente tenderão a crescer, já que os custos reduzidos serão refletidos, seguramente, em tarifas mais baixas aos usuários, sem falar na comodidade de seguir numa viagem privativa e livre da possibilidade de violência por parte de um condutor, excepcionalmente desequilibrado.

Numa medida diferenciada, mas com pontos comuns, veículos particulares de passeio deverão apresentar inevitáveis graus de autonomia no máximo, em 15 anos. Bem à frente do tempo, a alemã BMW já oferece um enorme padrão de comodidade no seu famoso sedã Série 7, que estaciona sozinho (sem a presença do motorista no interior do carro) e também sai da vaga e vem de encontro ao seu proprietário com orientações de software comandados por um smartphone moderno.

Em poucos anos as recargas de veículos elétricos por indução – do chão à bateria, sem fio –, as garagens inteligentes (com plataformas autônomas que levam e trazem veículos de vagas distantes em shoppings e aeroportos) e os já citados braços robóticos, serão circunstâncias comuns no cotidiano da mobilidade urbana. É um fabuloso mercado aberto para atender a um variado público de PCDs, idosos e todas as pessoas que queiram sair e se divertir, sem a necessidade de se preocupar com qualquer detalhe que envolva a presença de um carro, seja ele uma vaga para estacionar, impostos, possibilidades de multas ou a crescente condição de estresse ao volante, principalmente em grandes cidades. (Imagem: Microsoft Designer Creator IA / Instagram: @acelerandoporai.com.br)