O gigante mercado automotivo chinês – com vendas que ultrapassam 2 milhões de unidades mensais – ganhou um aliado que já chegou incomodando a concorrência. A marca de eletrônicos Xiaomi, agora também é fabricante de veículos. Contratando a expertise fabril da BAIC (empresa que produz seus próprios modelos e também fabrica alguns Mercedes-Benz na China), a Xiaomi lançou o ´SU7´, um belo sedã 100% elétrico que já ultrapassou as 100 mil encomendas no seu primeiro mês de existência. O novato está tomando vendas de várias marcas famosas, incluindo a poderosa Tesla.
Outra empresa que está surgindo e gerando curiosidade é a ´Afeela´, uma joint venture entre as gigantes Sony e Honda, que já apresentou um protótipo 100% elétrico e prometeu que as encomendas acontecerão no ano que vem, com entregas confirmadas para o início de 2026. O primeiro modelo da Afeela deverá trazer uma tela gigante e curva no painel e, para quebrar a monotonia do silêncio ao rodar dos carros elétricos, oferecerá ajustes sonoros que simulam o barulhinho de um motor a combustão, assim como disponibilizará opções de entretenimento a bordo, como um aparentemente inútil ´karaokê´, mas que pode ser uma boa opção em momentos de grandes congestionamentos, caso o modelo seja equipado, também, com um sistema autônomo de direção. Outra novidade no mercado é a inauguração dos testes virtuais de baterias automotivas, que poderão substituir as avaliações físicas que são caras, demoradas e demandam enormes desperdícios de materiais. Assim como um ´túnel de vento´ num computador, os testes virtuais de baterias deverão acelerar processos e baratear custos de produção, o que é ótimo para o consumidor final. E no Brasil, a ousada chinesa BYD moveu mais uma peça no tabuleiro do xadrez automotivo, já que ampliou para 6 anos a garantia dos seus veículos e manteve em 8 anos a garantia das baterias. Em ambos os casos, sem limite de quilometragem! Nesse aspecto a BYD repete uma estratégia de sucesso já utilizada largamente pela sul-coreana Hyundai e pela japonesa Subaru, que ampliaram suas garantias lá pelo início dos anos ´2000, enaltecendo a qualidade dos seus produtos e reforçando a confiança perante o público consumidor. E no geral… a micromobilidade continua ganhando força em algumas capitais exuberantes do mundo, como Paris, Tóquio e New York, mas a ênfase em aperfeiçoamentos e lançamentos de novos projetos de mobilidade em massa, também não para de crescer. Muitas pessoas estão optando pelas bikes e patinetes elétricos, idosos não suportam mais o trânsito caótico e jovens adultos (entre 18 e 26 anos) perdem o interesse em possuir carros próprios por diversas razões, dentre elas, custo de manutenção, seguro e local para estacionar. Talvez esse comportamento explique a alta procura pelos alugueis de veículos, assim como os serviços de assinatura ou compartilhamento de carros. É o mundão de Deus ainda se movimentando muito em máquinas motorizadas… (Fotomontagem: Agência FBA / Instagram: @acelerandoporai.com.br)
