Disponível nas cores branca, vermelha, cinza, preta, verde, azul, prata e vinho, o New Fiesta (sedã compacto premium da Ford) firmou-se para essa montadora norteamericana como um dos mais importantes produtos da sua história. Após a crise de 2009, que abalou o mercado automotivo yankee, esse modelo surgiu e conseguiu, por intermédio de ótimas vendas na Europa e Estados Unidos, colaborar com a Ford a ponto desta companhia ter conseguido dar a volta por cima sem pedir apoio financeiro ao governo americano. Em agosto de 2010, o New Fiesta teve o seu pico de boas vendas atingindo mais de meio milhão de unidades comercializadas na Europa, desempenho que lhe rendeu 15 importantes prêmios da imprensa local. Dentre as características avaliadas pelos profissionais especializados, o projeto moderno e o intrigante design desse veículo foram os detalhes mais destacados.
CONCORRÊNCIA – Basicamente (aqui no Brasil) o New Fiesta (que chega importado do México) disputa espaço com VW Polo, Kia Cerato e Honda City, ambos sedãs compactos inseridos na mesma categoria e com um nível geral equiparado ao carro da Ford. O New Fiesta destaca-se pelo ótimo patamar de segurança e por um pacote de equipamentos de série muito completo.
INTERIOR – Como sempre costumo enfatizar nos textos, a ergonomia é um assunto que muito me interessa e que, para todos os usuários e condutores (de carros, motos, aviões, barcos, poltronas de cinema…) mesmo que não saibam, é a coisa mais importante no uso diário. Um carro mal planejado por dentro pode se transformar numa tortura cotidiana para o seu motorista. A ergonomia (automotiva) pesquisa, mede, estuda, testa e se esforça ao máximo para obter uma equação mais perfeita possível no bom ajuste das pessoas (e bagagens) acomodadas dentro do carro. No caso do New Fiesta, esse processo foi primorosamente bem elaborado. O banco do motorista, por exemplo, possui ajuste de altura que faz casamento muito adequado com a coluna de direção (que se move em duas posições e em vários níveis). O resultado disso é uma posição de dirigir que atende à diversas compleições físicas. Creio que o fato deste veículo ser vendido em várias partes do mundo (e também no exigente mercado americano), levou a montadora à esta preocupação. A posição de dirigir do New Fiesta é bem interessante.
DESENHO – Sem medo de errar, a coisa mais impactante dele é o design. Os traços gerais da máquina, obviamente da frente para a traseira, sugerem o formato de uma ´flecha´ atirada. O enorme conjunto óptico dianteiro é de uma ousadia estética digna de aplauso, pois o que poderia ser um exagero estilístico, na verdade é uma fotografia de bom gosto na parte dianteira desse modelo. Tudo, desde os vincos das portas, detalhes de grade, curvas da chapa, tampa do porta-malas (que é bastante generoso) e, principalmente a parte interna, leva a um alinhamento global estético (e funcional) da marca. Todos os Fords hoje em dia se parecem entre si.
FRIGIR DOS OVOS (COM BACON) – O New Fiesta vem bem equipado nas três versões. O cardápio parte de R$ 49.990 e chega ao topo por R$ 57.770 (todos com frete incluso). Ambos vêm completos (ar-condicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricos, rodas de ligaleve, alarme, som com entradas auxiliares, controle à distância, etc…) diferenciando-se de itens como disponibilidade de 7 AirBags e bancos de couro, por exemplo. O motor é único: Sigma flex 1.6 com potência máxima de 115 hp e torque de 15,9 kgf.m. A marca divulga uma máxima de 190 km/h e consumo médio de 8,7 km/l (cidade) e 11,9 km/l (estrada), coisa que deve variar, dependendo do modo de dirigir de cada um. Esse modelo é muito agradável de guiar. A relação do câmbio (somente manual de 5 marchas) não é curta demais e nem longa em excesso. Há na sua disposição um “ar” que beira mais à esportividade do que a um comportamento tipo “tiozão”. Muito esperto e equilibrado, o New Fiesta freia bem, acelera com dignidade e tem um rolling (capacidade de adernar a carroceria) bem justinho, que passa segurança nas descidas em curvas. Charmoso, de manutenção fácil e num preço atraente (e congelado), é opção bacana a se observar nesse nicho. Sou fã (declarado) de Porsches e Alfas, mas, repetirei dito popular que aprendi aos 7 anos (idade da razão): “Eu caí cedo no mundo e aprendi desde a infância, a conhecer um carro interessante a mil metros de distância…”
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