Um dos maiores mitos sobre a conservação dos veículos está no fato de que passar na diagonal por desníveis ajuda a preservar a suspensão. Segundo a Monroe, tradicional fabricante de amortecedores, este “vício” ao volante pode provocar ruídos, folgas excessivas e, até mesmo o travamento total do sistema. Também compromete buchas, molas, coxins, amortecedores e rolamentos.
Segundo Juliano Caretta (coordenador de treinamento técnico da Monroe), quando o veículo atravessa lombadas e valas na diagonal, cada lado da roda movimenta em tempos diferentes, provocando um movimento torcional da carroceria, o que é extremamente prejudicial aos componentes da suspensão. “O recomendado é conduzir o carro em linha reta, para que o movimento seja uniforme nos dois lados. Além de causar desconforto, este costume pode prejudicar os demais componentes da suspensão e, em longo prazo, gerar custo extra ao motorista”, adverte o especialista.
A velocidade também influencia na conservação do sistema de suspensão. A dica da Monroe é trafegar entre 20 km/h e 30 km/h em lombadas de dimensões regulares, conforme Resolução nº 39/98, do Contran (Conselho Nacional de Trânsito). “Quanto maior o desnível, menor deve ser a velocidade”, finaliza Caretta. (Por Ana Cláudia Esquisato e Felipe Guimarães. Fotos: Amortecedor: divulgação Monroe / Lombada: Globo SP)