Desde 2010

buru-rodas

A vez dos ´Trens de força´ de células de combustível

30_f cell 000001

Até a década de 60 nos Estados Unidos e anos ´80 na Europa, o número de marcas de automóveis que tinham motores e transmissões comprados “fora” (de fornecedores) era bastante grande. Isso vinha do fato de várias marcas usarem muitas vezes o mesmo motor com poucas modificações no sistema de alimentação (carburador, na época), admissão e escape. Provando mais uma vez que há muito pouca coisa realmente nova na história automotiva, já existe até mesmo a arquitetura completa de um trem de força por células de combustível cujo protótipo está sendo ofertado às fábricas do mundo inteiro dentro, praticamente pronto para ser colocado num veículo de produção, adequadamente testado e comercializado onde houver mercado para isso.

30_f cell 000002

A fábrica em questão é a britânica Intelligent Energy, de Loughborough, que tem operações de engenharia em Cingapura, Índia e Japão, de comércio em Silicon Valley (EUA) e de pesquisas na Flórida. Ela já tem como cliente, por exemplo, a Suzuki Motor Corporation, a quem vende um trem de força de 4 kW refrigerado a ar para um scooter, além de vários serviços de engenharia.

30_f cell 000003

O conjunto, tanto para o pequeno FCEV (veículo elétrico a células de hidrogênio) como para a arquitetura de 100 kW (134 hp), é resultado de anos de trabalhos de pesquisas, engenharia, redução de custos e atividades de testes. A empresa diz a quem a visite que sua grande vantagem é a densidade (volumétrica) de força de sua pilha de células, de 3,5 kW/litro e de 3,0 kW/kg (gravimétrica), criadas para altos volumes de produção e baixo custo. Essas altas densidades de força vêm de sua tecnologia própria de refrigeração por evaporação. As pilhas com este tipo de refrigeração levam forte vantagem de volume e peso por não precisar de canais de refrigeração entre as células.

30_f cell 000004

A Intelligent Energy tem 25 anos de trabalhos em células de combustível, oito deles juntamente com a engenharia da Suzuki. As duas empresas possuem uma joint-venture que produz pilhas de células numa fábrica. (Fotos: divulgação)