A japonesa Toyota, empurrada por ambiciosas metas ambientais, quer parar de vender carros a gasolina a partir do ano 2050. Com isso, a empresa almeja reduzir radicalmente as emissões no Japão e no resto do mundo. Mas somente os carros elétricos a bateria não fazem parte de sua visão. O futuro, para a Toyota, está nos carros com células de combustível, como o Mirai, movido a hidrogênio e já à venda desde o fim do ano passado. O Mirai já vendeu 1.500 unidades no Japão e acaba de ser lançado em alguns pontos dos Estados Unidos e Europa. A venda de veículos híbridos chegou a 1,5 milhão de unidades até hoje e deverá chegar a 15 milhões em 2020, quase duas vezes a venda global atual da Toyota.
Outra modalidade >> Para buscar eficiência, os carros híbridos se alternam entre o consumo de gasolina e a eletricidade das baterias. O mais vendido atualmente é o Prius, que de 1997 até hoje já teve cerca de 4 milhões de unidades comercializadas. A Toyota promete desenvolver uma versão híbrida de cada categoria de carro, inclusive a de veículos esporte, utilitários e os mais caros modelos de luxo.
Opinião >> O diretor gerente sênior da companhia, Kiyotaka Ise, aceitou a ponderação de que alguns carros a gasolina poderão continuar existindo nos mercados menos desenvolvidos, mas mesmo assim em números bem pequenos. Ise e outros diretores da Toyota insistem na inevitabilidade de sua visão global e lembram que os problemas de aquecimento e destruição ambiental tornam a mudança para uma sociedade baseada no hidrogênio uma necessidade. Outras pessoas, porém, estão divididas quanto ao desaparecimento de motores a gasolina mais verdes e à chegada de uma tecnologia diesel mais limpa.
A Toyota diz que vai desenvolver tecnologia de manufatura baseada no hidrogênio e que vai usar a força do vento em sua planta de Tahara, ambos até 2020. Ela promete também ampliar suas medidas de reciclagem, inclusive maneiras de construir veículos novos a partir de outros já descartados, inservíveis. Perguntada por que a Toyota é tão cautelosa a respeito de veículos elétricos, a companhia responde que eles demoram demais para ter as baterias recarregadas, apesar de inovações nesse aspecto. Além disso, a autonomia limitada é outro problema. O chairman da Toyota, Takeshi Uchiyamada, conhecido como o “Pai do Prius”, diz que a companhia leva muito a sério o meio ambiente porque ela sempre quis contribuir para uma sociedade melhor. (Fotos: divulgação)
