O 507 foi um roadster produzido pela marca alemã BMW entre 1956 e 1959. Para muitos especialistas em design automotivo, esse modelo é considerado um dos automóveis mais bonitos já produzidos.
A criação do 507 partiu de uma ideia de Max Hoffman, um importador de veículos que, em 1954 conseguiu persuadir a direção geral da empresa germânica a produzir uma versão conversível, derivada parcialmente do BMW 502. O objetivo era que esse novo carro pudesse competir com os esportivos da Mercedes-Benz e Jaguar, muito em alta naquele momento.


Além de lançar a proposta, Hoffman pediu a contratação do designer Conde Albrecht von Goertz, sugestão que foi aceita. O engenheiro Fritz Friedler, foi designado para projetar o pacote mecânico, usando componentes já existentes na BMW sempre que possível.


Com elegantes linhas e trem de força confiável, além de nivelado com os oponentes, o 507 fez a sua estreia no Salão do Automóvel de Frankfurt de 1955, mas a sua produção somente começou em novembro de 1956.


O grande idealizador do projeto, Max Hoffman pretendia que ele fosse vendido por aproximadamente US$ 5.000, valor que acreditava ser atraente e que possibilitaria a produção de – pelo menos – 5.000 unidades/ano. Só que as coisas não andaram como planejado…

Por tratar-se de um modelo especial, o 507 começou a ter um custo de produção muito elevado. Ao invés dos 5 mil dólares previstos, o veículo chegou inicialmente aos Estados Unidos por US$ 9.000 e logo depois subiu para quase US$ 11.000, valor astronômico para um carro desse tipo naquele tempo.

Com prejuízo em cada unidade fabricada, o conversível conseguiu gerar um rombo colossal de vários milhões de marcos alemães, quase levando a BMW à falência! A solução, evidentemente, foi estancar a sangria, encerrando a produção em 1959.
Apenas dois protótipos e mais 252 unidades foram construídas. Após essa fase, a BMW voltou a dar lucro graças a três lançamentos de novos modelos bem mais baratos: o BMW 700, o Isetta e o ´New Class´ 1500. Mal sucedido nas vendas, o BMW 507 continua sendo um modelo marcante por causa do seu charmoso estilo; e isso atraiu alguns compradores famosos na época do seu lançamento.
O “Rei do Rock” Elvis Presley adquiriu um 507 de cor branca na Alemanha e o trouxe para os Estados Unidos. Ficou algum tempo com o carro e depois o deu de presente para a belíssima atriz suíça Ursula Andress. Ela o manteve por cerca de 20 anos e, em 1997, esse carro foi vendido num leilão por US$ 350 mil!
Outro proprietário famoso foi John Surtees (campeão mundial de Fórmula 1, falecido em 2017), que ganhou um 507 da empresa MV Agusta. Acredita-se que mais de 80% dos 252 exemplares produzidos, ainda estejam rodando.


Considerado um clássico dos anos ´1950, o BMW 507 em boas condições tem sido comercializado hoje em dia por cerca de 300 mil dólares. Com massa de 1.485 kg, o conversível vinha com freios a tambor da Alfin (freios elétricos eram opcionais), e seu motor feito em liga de alumínio era um BMW V8/3.2 litros com 160 hp de potência máxima.

Auxiliado por dois carburadores Solex Zenith 32NDIX e transmissão manual de quatro marchas, ele conseguia acelerar de 0-100 km/h em 10 segundos, cravando velocidade máxima de 200 km/h, números muito bons para o seu tempo. (Fotos: divulgação BMW / Instagram: @acelerandoporai.com.br)