Os veículos possuem vedação e proteção contra água, mas a situação crítica originada por uma enchente, por exemplo, pode trazer sérios problemas aos automóveis. Quanto maior for a exposição à água e o tempo de contaminação, piores serão as complicações para o carro. Por isso, o motorista deve buscar locais altos e seguros para estacionar o veículo durante uma enchente, a fim de conseguir um abrigo para si próprio e evitar que os sistemas do carro sejam danificados. Após o incidente, o automóvel tem que ser levado o quanto antes a uma oficina mecânica de confiança para que as devidas verificações e troca de fluidos sejam realizadas.
“Mesmo que, visualmente, o carro não aparente ter sofrido avaria, o motorista não deve jamais tentar ligar o veículo”, ressalta Caio Freitas, engenheiro de Aplicação da Motul Brasil (multinacional especializada em lubrificantes e fluidos de alta tecnologia). “Ocorrências como essa costumam contaminar, inclusive, fluidos e lubrificantes, o que, durante a tentativa de funcionamento ou circulação por certo período com água no sistema, pode acarretar em danos maiores”, complementa Freitas.
Medidas necessárias pós-enchentes >> Em caso de comprovação de que o veículo foi inundado por uma enchente, ele precisa ser rebocado até uma oficina de confiança para execução dos procedimentos adequados e verificação detalhada das possibilidades de avarias. O filtro de ar e o duto de admissão de ar para o sistema de alimentação, são os principais itens a serem verificados. Componentes eletrônicos e outras partes, como cabos e velas, também precisam ser inspecionados. O carro deve ser ligado somente depois de todas as averiguações feitas pelo mecânico. “O descumprimento desta recomendação pode causar danos ao veículo, uma vez que há a possibilidade de a água invadir alguns reservatórios e componentes, provocando falhas aos itens não verificados”, explica Caio Freitas. Um veículo que enfrentou uma enchente intensa pode apresentar, principalmente, oxidação e corrosão das peças, e contaminação dos fluidos, lubrificantes, partes estofadas e assoalho, além de danos mecânicos e eletroeletrônicos nos sistemas de injeção, multimídia, controle de estabilidade e ABS.
Troca obrigatória do óleo do motor >> A contaminação dos fluidos com água, gera perda significativa de propriedades e performance em cada sistema, contribuindo para o mau funcionamento do conjunto. É fundamental, portanto, fazer a troca completa não só do óleo do motor, como de todos os fluidos, desde o lubrificante de motor, passando pela transmissão, até os fluídos de freio e de arrefecimento. Também é necessário substituir os filtros de ar, óleo e de combustível. (Foto: divulgação Motul / Texto: Comunicação Corporativa Motul, com Gabrielle Pepato, Jaqueline Nunes e Fabiano Oliveira)
