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General Motors traz o Sonic importado da Coreia do Sul com dois tipos de carroceria

Continuando a sua programação de renovar toda a linha vendida no país até 2014, a General Motors do Brasil colocará mais um modelo no seu portfólio. Trata-se do compacto Sonic (também conhecido como Aveo em outros mercados) que estará à venda a partir de junho em duas versões de acabamento (LT e LTZ) e dois tipos de carroceria, hatch e sedã.

Segundo a GM, o veículo chega importado da Coreia do Sul, mas, provavelmente, deverá vir do México até o final deste ano. Essa segunda fase de importação mexicana teoricamente até poderia significar uma redução no valor do carro, no entanto, isso não deve ocorrer. Os preços oficiais do modelo foram divulgados ontem (28/5) à noite na coletiva de imprensa preparada para os jornalistas especializados em Búzios (RJ), local escolhido para a apresentação do novo carro. Confira: Sonic LT hatch (R$ 46.200); LT sedã (R$ 49.100). Sonic LTZ hatch (c/câmbio manual) R$ 48.700 e LTZ sedã (manual) R$ 53.600. Sonic LTZ hatch (c/câmbio automático) R$ 51.500 e LTZ sedã (automático) R$ 56.100.

O Sonic coreano vem com motor Flex 1.6 de 16 válvulas. A unidade (quando abastecida somente com álcool) doa 120 cavalos de potência com um torque médio de 16 kgf.m. Já a taxa de compressão do motor é de 10,8:1. Na alça de mira desse novo Chevrolet estarão três oponentes claramente traçados: Ford New Fiesta e os Honda Fit e City, dadas as similaridades de porte, equipamentos e faixa de preço. Em questão de acabamento o Sonic fica atrás dos três, pois há pecados bem visíveis, como costuras desalinhadas dos bancos, tecido sintético que imita couro e peças plásticas pouco alinhadas e até ásperas ao contato com as mãos, sem falar do isolamento acústico que não é dos melhores, deixando o trabalho do motor muito evidente em altas rotações.

Guiei o Sonic entre o Rio de Janeiro e o litoral fluminense e dois detalhes merecem elogio: o porta-malas da versão sedã é de ótimo tamanho com 477 litros (o do hatch é pequeno, com apenas 265 litros) e a posição de dirigir é boa. E só. O carro é moderninho, com painel inspirado em motocicletas (com conta-giros analógico e velocímetro digital), mas se você espera desempenho de esportivo, esqueça, pois o motor é diplomático demais nas respostas. Acoplado a ele, há duas opções de câmbio: manual (de 5 marchas) ou automático com seis velocidades.

A Chevrolet foca as vendas desse modelo no público jovem, nicho de pessoas que gostam de se exibir via design automotivo moderno e curtem muita tecnologia. Por conta disso, há porta-luvas com entradinha USB e possibilidade de manusear alguns comandos pelo sistema de som. No geral, o carro é até completo (com airbag duplo, controle de estabilidade, vidros e travas elétricas, etc…), mas, por exemplo, não traz freios a disco no eixo traseiro (apesar de oferecer ABS).

Provavelmente ficará posicionado entre o Cobalt e o Cruze e, pelo preço cobrado, deveria, no mínimo, ter um acabamento mais refinado. Terá trabalho ao encarar os perfeccionistas construtores da Honda e a dinâmica bem mais divertida do Ford New Fiesta.