buru-rodas

Bateria em estado sólido começa a ser testada em maior escala

Todos os fabricantes de carros elétricos e híbridos – sem exceção – estão mergulhados em pesquisas, desenvolvimento e testes da chamada ´bateria em estado sólido´. Quem vencer ou apenas largar antes nessa corrida, terá chances ampliadas de sucesso perante o público consumidor de modelos eletrificados, já que esse tipo de bateria entregará algumas vantagens em relação à bateria em estado líquido, essa mais comum nos atuais carros com motores elétricos, composta de íons de lítio.

Um dos pontos similares em projetos automotivos e aeronáuticos é o esforço inventivo pela diminuição de peso e tamanho dos motores, assim como, evidentemente, do custo de fabricação. Diferentemente das baterias em estado líquido (que têm esse nome por utilizar eletrólitos em gel ou líquido), as composições em ´estado sólido´ utilizam eletrólitos sólidos, como a cerâmica, por exemplo.

São diversas as vantagens de uma para a outra: a bateria em estado sólido é, comprovadamente, mais segura contra possibilidades de curtos-circuitos ou incêndios, pois sua ´fuga térmica´ é menor. Ela é mais leve, oferece densidade energética mais ampla, pode ser recarregada com maior rapidez e, segundo os fabricantes, oferecerá – em média – algo em torno de 20% a mais de autonomia para um veículo elétrico. Nada mal: um carro que tenha um alcance de 500 km com uma carga ´cheia´, entregará 100 km a mais de energia.

O seu celular possui bateria em estado líquido com íons de lítio, assim como o seu PC (computador pessoal), também. Em muitos manuais de instruções de produtos desse tipo, existe uma orientação explícita para manter, se possível, a carga desses aparelhos entre 20 e 80%, pois assim as baterias em estado líquido se mantém num comportamento mais ´confortável´, com a vida útil mais preservada. Outra vantagem é que a bateria em estado sólido pode ser, constantemente, recarregada a partir de qualquer percentual até os 100%, sem prejuízos a longo prazo.

Nem seria preciso dizer que as grandes marcas chinesas (principalmente Geely e BYD) já estão um passo adiante nessa briga. Correndo em paralelo, a japonesa Toyota e as alemãs BMW e Mercedes-Benz também estão avançadas em pesquisas e testes. Acredito que, em dois anos no máximo, veículos da BYD e Geely começarão a ser vendidos apenas com baterias em estado sólido. Esse detalhe tecnológico será um novo marco dentro do universo dos veículos eletrificados.

A Mercedes-Benz, por exemplo, iniciou agora em fevereiro os testes de estrada com o seu modelo EQS equipado com bateria em estado sólido. Isso significa que a marca germânica está apressada nessa necessária transição. Mais um ponto a se ressaltar como positivo na bateria em estado sólido é a sua maior resistência e bom funcionamento em picos extremos climáticos: ela vai muito bem tanto no calor, como no frio intenso. Com altíssima probabilidade, até o final dessa década esse panorama das baterias estará totalmente alterado. (Imagem: Microsoft Designer Creator IA / Instagram: @acelerandoporai.com.br)