Os carros automáticos têm se tornado um desejo de consumo para muitos brasileiros. De acordo com levantamento realizado pela S&P Global, nos últimos dez anos, o volume de veículos vendidos com algum tipo de câmbio automático no Brasil saltou de cerca de 15% em 2012 para mais de 60% em 2022. O fator principal que leva o consumidor a adquirir carros automáticos é a busca pelo conforto ao dirigir. Segundo previsões da Bright Consulting, em 2030, o câmbio manual estará presente em apenas 5% dos carros vendidos no Brasil. Em breve, o câmbio manual será voltado apenas a alguns nichos de mercado, como carros esportivos, por exemplo. O carro automático exige cuidados específicos para que seu funcionamento ocorra perfeitamente. Como toda peça mecânica, o câmbio automático também sofre desgaste dos seus componentes e se não tiver sua manutenção preventiva em dia e de forma correta, a qual pode ser realizada com a troca de fluidos e filtros da transmissão, poderá sofrer avarias, trazendo prejuízos ao seu proprietário.
A importância do fluído de transmissão automática >> O lubrificante para a transmissão possui diversas finalidades. Além de, obviamente, lubrificar o câmbio, ele resfria, realiza a limpeza das peças, garante a pressão correta do sistema, evita que se formem impurezas e borras, bem como protege contra a oxidação. Por apresentar uma forma diferente de funcionamento, com temperaturas e componentes distintos, os fabricantes desenvolveram lubrificantes específicos destinados para cada tipo de câmbio. Devido a estes detalhes, o desenvolvimento do fluido de transmissão automática é um processo complexo, com avaliações que validam a performance do lubrificante antes dos testes finais de durabilidade a longo prazo. Todas essas particularidades refletem a importância de um fluido de qualidade para garantir a vida útil e a durabilidade das transmissões. Desta forma, a utilização de lubrificantes incorretos ou não aprovados para determinados veículos, pode ocasionar, além de falhas nas trocas de marcha, o travamento do sistema como um todo. Os lubrificantes para transmissões automáticas possuem uma formulação específica, uma vez que esse tipo de caixa de marchas conta com exigências maiores.
As diferenças entre os tipos de transmissão automática >> De acordo com um levantamento realizado pela Jato, entre todos os veículos automáticos no Brasil, 39,7% contam com câmbio automático convencional, 20,5% são do tipo CVT (transmissão continuamente variável) e 1,9%, ´automatizado´. O tipo de câmbio automático, portanto, varia bastante, não havendo um modelo ideal, visto que cada transmissão conta com uma característica diferente. O câmbio automático convencional, por exemplo, funciona com um conjunto de discos que, alinhado a um conversor de torque, acoplam-se para realizar a passagem das marchas, permitindo trocas suaves de marcha, com a ausência dos “trancos”, além de apresentar uma maior durabilidade em comparação aos outros tipos de transmissão. Já para aqueles que buscam uma dirigibilidade com apelo esportivo, o sistema de Câmbio Automatizado de dupla embreagem (DCTF ou DSG) é uma boa opção, pois utiliza duas embreagens que substituem o conversor de torque, realizando as trocas de marchas mais rapidamente, mantendo o conforto. O Câmbio de Transmissão Continuamente Variável (CVT), por sua vez, diferente dos outros modelos, não conta com engrenagem ou discos. Seu funcionamento é realizado por meio de uma ligação direta entre o motor e os eixos do automóvel e seu principal diferencial é proporcionar maior conforto e melhor autonomia com menor consumo de combustível. O processo de troca do fluído de transmissão automática deve ser realizado a cada 40.000 ou 50.000 quilômetros rodados. Já se houver usos mais severos, como em engarrafamentos diários e frequentes, o período de troca deve ser menor, a cada 30.000 km. De qualquer modo, é sempre importante contar com a avaliação de um especialista.
Adaptação do mercado para altas demandas >> Com o aumento da frota de veículos automáticos, é imprescindível que os profissionais da reparação automotiva conheçam e utilizem o que há de melhor em fluido de transmissão automática no mercado, com homologações adequadas para cada tipo de câmbio e as mais corretas tecnologias de aditivos para que haja um maior desempenho e vida útil da transmissão, e consequentemente, do veículo por completo. (Imagens: divulgação Subaru & Fuchs / Texto: Marcelo Martini / Os direitos autorais de divulgação das imagens dessa matéria são de responsabilidade legal – única e exclusiva – de Subaru & Fuchs e do seu time de comunicação com Ana Carolina Costa. / Instagram: @acelerandoporai.com.br)