O eterno lava-jato que continua funcionando na minha garagem afetiva…

Certa vez um leitor me perguntou “se eu cuidava do meu carro e como é que eu fazia isso”. Respondi que sim, que sempre gostei de manter os meus automóveis, limpos. Desde criança que vivo nesse universo, inclusive, por volta de 1981 (aos 11 anos) ganhei os meus ´primeiros trocados´ lavando os carros dos vizinhos. Nem era exatamente pelo dinheiro, mas pelo prazer de manobrar algumas máquinas inesquecíveis como o Puma GTB S1, Opala Diplomata, Puma GTE, Passat GTS Pointer e até um Galaxie LTD!

Num ritual que se tornou mania, sempre começo pelo interior, escovando e aspirando tudo o que eu consigo. Depois sigo para o teto (capota) e vidros, utilizando apenas água e uma esponja grande. Após isso, limpo toda a carroceria começando e terminando no capô; depois finalizo o processo externo dando um trato nas quatro rodas, nos pneus e nas chamadas “caixas de jantes”, por baixo dos para-lamas. Após enxugar o veículo inteiro, dou uma ´lambida´ no motor com um paninho e uma esponja já devidamente ´batizados´ com vaselina líquida (sem excessos) e aí a finalização do trabalho segue para os acabamentos que incluem o polimento da pintura, a limpeza caprichada dos vidros, hidratação de partes plásticas (ou de couro, se houver) e o embelezamento dos pneus e do painel. Já usei muito sabão de côco e o velho sapólio para tirar a sujeira dos pneus; hoje utilizo detergente líquido tipo ´lava-louças´. Lá atrás, no saudoso passado que adoro reviver, eu incrementava os pneus com graxa preta para sapatos! Hoje, há centenas de ´pneus pretinhos´ no mercado, quase todos muito eficazes. Confesso que já atingi o extremo do preciosismo ao utilizar uma escovinha de dentes (zero km e só para esses fins!) naqueles locais quase inacessíveis. E se isso não fosse possível, eu retirava as quatro rodas – uma por uma – para mergulhar fundo nas suspensões que, em poucos minutos já estariam empoeiradas novamente… Já gastei muita água fazendo isso, e me arrependo. Agora, em nome do bom senso ecológico, utilizo uma mangueira com “bico inteligente” ou apenas três baldes d´água para dar um ´banho de gato´ na máquina, sem exageros ou frescuras. Existem hoje em dia incríveis lavagens a seco, vitrificação da pintura, proteção dos bancos, dentre outros serviços fantásticos que ampliam os intervalos dessa necessária manutenção de 1º escalão de um carro, afinal de contas, limpeza é saúde.

Mantenho o hábito de cuidar dos meus carros. É um ritual, uma terapia que me faz bem. Já usei a veterana ´Cêra Carnu´ e engrossei o muque dando polimento com as estopas mais fuleiras do mercado! Novos tempos… Agora utilizo os ótimos produtos da ´Meguiars´ (uma das líderes nos Estados Unidos) e da Vonnix, ambas com excelentes panos de polimento, ceras e shampoos notavelmente eficientes. Quase esqueci de dizer: substituí uma velha bomba pulverizadora manual de Baygon (com óleo Singer lá dentro), pelo fantástico WD-40, que é um dos meus perfumes prediletos do eterno (e interno) imaginário lava-jato automotivo que continua de portas abertas na minha garagem afetiva… (FotoS: agência FBA / Instagram: @acelerandoporai.com.br)