Os termos em inglês ´Dead Battery Syndrome´ ou ´Low Battery Anxiety´ (síndrome da bateria descarregada) já são bem conhecidos por causa de distúrbios psicológicos gerados por abstinência ou apenas pelo receio de ficar com 0% de bateria no celular. O problema tem levado milhares de pessoas a um nível de estresse absurdamente alto, principalmente no mundo ocidental. Jovens de quase todas as faixas etárias tornaram-se consumidores de medicamentos controlados (tarja-preta) para conter ansiedades e frustrações que estão diretamente ligadas ao baixo número de curtidas e engajamento nas suas redes sociais. Parâmetros superficiais de beleza e ostentação, que não são, necessariamente, um sinal real de riqueza material ou de uma estética natural, também têm massacrado mentes de todas as idades que tentam atingir picos impossíveis de notoriedade, mas que se deparam com a incômoda realidade que mostra que nem todos nasceram para brilhar… O mundo continua girando na sua mais cruel normalidade e, por incrível que pareça, cada coisa permanece tendo o seu respectivo tempo para acontecer. As pessoas é que estão ´trocando os pés pelas mãos´ e querendo fazer em 24 horas aquilo que somente seria possível de se realizar em três dias!
Realidade crescente em todos os mercados, os carros elétricos estão cada vez mais populares e bem aceitos, mas ainda não começaram a cair de preço por causa da baixa demanda. Mesmo com a ampliação da autonomia advinda de baterias mais potentes e, evidentemente, mais modernas, o sucesso dos veículos elétricos ainda esbarra na ausência de infraestrutura. No Brasil, por exemplo, viajar num automóvel 100% elétrico ainda é praticamente impossível, devido à minúscula rede de pontos de recarga e, menos ainda, postos com bocais totalmente elétricos, sejam eles de reposição rápida ou não. Para o uso urbano, no entanto, já é uma realidade factível para muitas pessoas, já que a média da autonomia (com uma carga total do pacote de baterias) gira em torno de 320 quilômetros.
Um motorista comum, roda no Brasil, por volta de 11.000 km por ano. Dividindo esse percurso pelas 52 semanas (+ 1 dia) que compõem 1 ano, dá uma média de 211 km por semana, ou seja, é totalmente possível possuir um carro elétrico para uso exclusivo na cidade, mas existe um “porém…”: muitos proprietários de veículos elétricos não são atentos observadores ao marcador de autonomia do carro e, além disso, desprezam as possibilidades cotidianas dos rotineiros congestionamentos. Ao contrário dos modelos a combustão, os elétricos consomem mais energia em percursos de estrada, tendem a gastar mais no ´para e anda´ urbano e, mais ainda, em condução esportiva.
Apesar dos avisos sonoros e visuais da capacidade de carga, muita gente abusa do armazenamento das baterias e segue adiante até que… o veículo desliga por falta de força. Parece uma reação inacreditável, mas em se tratando de humanos, absolutamente todas as esquisitices são possíveis: em 2022, nos Estados Unidos e na China, começaram a surgir os primeiros casos de pacientes em consultórios de psicologia para tratar-se desse novo tipo de angústia, síndrome ou seja lá qual seja a denominação dessa nova expressão emocional. Condutores assustados com a possibilidade de ficar no meio da rua por causa do esgotamento da bateria dos seus veículos, começam a desenvolver pequenas neuroses, como deixar o carro constantemente plugado na tomada e somente se deslocar por vias que tenham algum ponto de recarga durante o trajeto. Mais um conflito da eternamente complicada mente humana que adota, mas não se adapta à algumas facetas da tecnologia. Como isso terminará? (Fotos: divulgação BMW; Mercedes-Benz; Cadillac / Instagram: @acelerandoporai.com.br)