Apesar dos pesares, o Brasil não figura entre os dez piores países com trânsitos caóticos

Além de produzir, provavelmente, os melhores aparelhos de GPS da atualidade, a TomTom anualmente apresenta o seu interessante ´TomTom Global Traffic´, um completíssimo relatório ou ´índice´ com muitos dados referentes ao trânsito de quase 60 países relevantes, coletados em mais de 400 cidades bem conhecidas globalmente. O chamado ´índice de tráfego´ funciona com cálculos matemáticos que têm como referência a distância percorrida por essas populações de motoristas versus o tempo gasto para se deslocar de um ponto A ao B ou do A ao C, passando pelo B…, por exemplo. Com muita assertividade, consegue-se encontrar uma média de horas de permanência gastas por ano pelas pessoas no trânsito. Quanto maior esse número, pior os congestionamentos da localidade.

No relatório mais atualizado, Bangalore (Índia) aparece em 10º lugar no ranking. Por lá, os motoristas ficam presos no trânsito por cerca de 110 horas por ano! O resultado assim se apresenta: 9º) Novosibirsk (Rússia); 8º) Bucareste (Romênia); 7º) São Petersburgo (Rússia); 6º) Odessa (Ucrânia); 5º) Bombaim (Índia); 4º) Bogotá (Colômbia); 3º) Kiev (Ucrânia / 128 horas-ano); 2º) Moscou (Rússia / 140 horas-ano) e em 1º) Istambul (Turquia / 142 horas-ano). Faça as contas: no caso de Istambul, 142 horas representam quase 6 dias perdidos por ano dentro do veículo! Na pesquisa de 2021, dentre 416 localidades pesquisadas no total, algumas cidades brasileiras também apareceram no ranking: Recife (24ª cidade mais congestionada do mundo), Rio de Janeiro (40ª), Fortaleza (48ª), Salvador (51ª), São Paulo (59ª), Belo Horizonte (74ª), Porto Alegre (119ª), Curitiba (186ª) e Brasília (304ª). Evidentemente, esses dados servem para estudos comportamentais dos humanos e também se transformam numa poderosa ferramenta de negócios, já que atualmente, mais e mais pacotes de serviços ´a bordo´ são oferecidos agregados aos sistemas de entretenimento para adultos e crianças, justamente para suprir momentos de tédio em longas viagens ou para poupar a paciência dos pais e diminuir o stress dos ocupantes no interior de um veículo durante um congestionamento ou na repetição cotidiana dele. Nunca uma tela multimídia (ou várias) associada à internet, foi tão importante dentro de um veículo. Bem mais que um simples GPS ou um diagrama digital exibidor dos parâmetros de funcionamento, o ambiente ´sensível ao toque´ tornou-se um portal do tempo, uma válvula de escape do stress oriunda do caótico trânsito global. (Foto: divulgação Agência FBA / Instagram: @acelerandoporai.com.br)