Pesquisas ligadas à ONU apontam que, até o ano 2050, a população global crescerá em cerca de 2,5 bilhões de pessoas e, nessa mesma época, muito provavelmente, quase 67% dos habitantes da Terra estarão residindo em cidades. Por questões óbvias que envolvem esgotamento sanitário, coleta de lixo, poluição ambiental, sanidade mental da população devido aos espaços limitados e trânsitos caóticos, qualidade do ar e da água, manutenção do equilíbrio da economia, segurança e, logicamente, bem-estar dos cidadãos; ao menos as grandes metrópoles terão que se transformar em “cidades inteligentes”. Esse conceito, ao contrário do que se pensa, é bem antigo, pois surgiu nos anos ´1960 quando estudiosos da US Community Analysis Bureau (entidade de Los Angeles/EUA) começaram a coletar dados, como fotografias aéreas, pontos de alagamento, índices de criminalidade dos bairros, topografia, tipos preferidos de construção, etc. para tentar organizar ao máximo o crescimento daquela importante cidade norte-americana, com enorme ênfase, também, na contenção da pobreza.
Perceba que todas essas questões envolvem seres humanos, mas o contexto é bem vinculado em ações políticas, pois une empresas privadas às instituições públicas que, necessariamente, têm que atuar em conjunto em prol de fins comuns. Basicamente, as ´cidades inteligentes´ são comunidades que conseguem se beneficiar de tecnologias disponíveis, otimizando suas infraestruturas, controlando suas operações sociais de maneira coletiva (iniciativa público-privada, sempre), cuidando dos seus recursos limitados, criando, implantando e promovendo práticas saudáveis que permitam um desenvolvimento que seja capaz de encarar e superar desafios humanos com o intuito final de manter a ordem de convívio urbano. Facílimo de se entender que toda essa salada congrega sociologia, arquitetura, engenharia civil (mecânica, elétrica, de alimentos, sanitária…), gestão de frotas, instalação e manutenção de câmeras, atuação das polícias, distribuição de produtos, gerências de hospitais, gestões de estradas, enfim…, praticamente tudo terá de estar conectado a fim de que o caos não consiga se instalar. E os carros, assim como as vagas de estacionamentos, os transportes públicos, semáforos e tudo o que se possa entender e alcançar como integrantes do universo da ´internet das coisas´, evidentemente, estarão incluídos. Principalmente os veículos autônomos – com sua ampla necessidade de conexão – serão os mais beneficiados nesse tipo de conglomerado mesopotâmico futurista que, por incrível que pareça, deverá acontecer… (Foto montagem: agência FBA. Divulgação da imagem está liberada, desde que citada a fonte www.acelerandoporai.com.br / Instagram: @acelerandoporai.com.br)