Pessoalmente, acredito que sim: por questões de segurança e conforto, as próximas gerações de veículos elétricos serão – obrigatoriamente – autônomas. Do jeito que a evolução tecnológica anda rápido, creio que em cinco anos, no máximo, 100% do território norte-americano, por exemplo, já estará habilitado a receber ´VA´ (veículos autônomos) de ´Nível 5´, ou seja, modelos que já saiam de fábrica sem o volante e pedais de freio e acelerador, dispensando a presença de um motorista no assento principal.
Evidentemente, o pré-requisito nº 1 para isso será a disponibilidade de internet ´5G´ de altíssima potência e sem falhas, afinal de contas, o funcionamento de um VA depende de diversos sensores, câmeras e radares que, obrigatoriamente, precisam estar interligados via Wi-fi com semáforos e placas inteligentes, além de faixas extremamente visíveis no asfalto; e também a outros veículos autônomos. Minha crença nessa possibilidade não está ligada a visões de bola de cristal e sim, ao que tem acontecido de importante nesse aspecto, nos últimos dois anos. Dos fatos mais relevantes, destaco os seguintes: a alemã Mercedes-Benz foi a primeira fabricante automotiva a receber a permissão de ofertar em seus veículos nos EUA o ´Nível 3´ de condução autônoma, esquema que proporciona o movimento de aceleração, direção e frenagem sem a interferência do condutor, mas ainda com a presença obrigatória do mesmo ao volante. As gigantes Valeo e BMW firmaram parceria para o desenvolvimento da tecnologia para a construção de estacionamentos autônomos de ´Nível 4´ (que torna possível estacionar um automóvel sem o motorista a bordo). A Ford anunciou esta semana a criação da ´Latitude AI´, uma subsidiária focada no desenvolvimento de um sistema de direção autônoma para a sua nova geração de veículos elétricos e a combustão. Além disso tudo, Elon Musk (CEO da famosa norte-americana Tesla), afirmou que a sua marca está trabalhando firmemente para lançar – em breve – uma linha de veículos compactos 100% elétricos e autônomos, com preços mais acessíveis. Musk fez essa promessa há três anos e, tudo indica que cumprirá o desafio até 2025. Logicamente, essas novidades chegarão antes (como sempre) no primeiríssimo mundo para, quem sabe, futuramente, aportar aqui no Brasil. O contexto envolve centrais de trânsito muito mais modernas, comunicação perfeita via satélite, adequação de cidades e Estados ao novo modo de operação de carros autônomos e, antes de tudo isso, novas (ou aperfeiçoadas) Leis que incluam esse tipo de veículo dentro dos códigos penais mundo afora, afinal de contas, quem será o culpado num acidente que envolva, pelo menos, um carro autônomo: o proprietário do automóvel ou o fabricante? O futuro dirá… E ele chega já! (Foto: divulgação Geely / Instagram: @acelerandoporai.com.br)
