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Na luta para evitar a falência, Nissan vende sua fábrica na Índia para a Renault

Se você aqui nos acompanha, sabe que a marca japonesa Nissan está atravessando um delicado momento de crise com vendas em queda em muitos mercados, portfólio antiquado de produtos e deficiência de capital de giro. A empresa apresenta uma fragilidade perigosa em meio a um segmento automotivo completamente renovado e repleto de novas ideias e tecnologias, principalmente em relação a carros elétricos, híbridos e autônomos.

No final do ano passado uma possibilidade interessante de salvamento da Nissan surgiu a partir de uma iniciativa da gigante Honda (também japonesa), que demonstrou interesse em adquirir a marca, assumindo todos os seus passivos e ativos, no entanto, a conversa não foi adiante por causa de divergências entre os executivos da Honda e o antigo CEO da Nissan – Makoto Uchida – que, publicamente, disse que “não gostaria de ver a Nissan tornar-se uma subsidiária da Honda”, numa postura pouco compreensível dada a sua desvantagem dentro desse contexto corporativo.

Agora, já sob o comando de Ivan Espinosa (novo CEO da Nissan), a empresa entra em mais um ciclo de esforços para tentar reverter a complicada situação. E uma das primeiras ações de Espinosa junto aos seus conselheiros e acionistas, foi a venda da participação de 51% na joint venture indiana ´Renault Nissan Automotive India Private Ltda´ para a marca francesa Renault, que continua como parceira da Nissan na antiga aliança ´Renault-Nissan-Mitsubishi´.

A venda dessa fábrica na Índia representará, desde já, a injeção de € 200 milhões (cerca de R$ 1,23 bilhão) em fluxo de caixa livre para a Nissan. A operação também inclui a liberação do compromisso que a Nissan tinha em investir na ´Ampere´, empresa de veículos elétricos da Renault. Esse acordo assinado em 2023, agora foi rescindido. (Fotomontagem: Agência FBA, a partir de divulgação da Nissan / Instagram: @acelerandoporai.com.br)