
Recentemente a Fiat lançou a 2ª geração da Strada, sua picape de porte compacto que lidera o mercado nesse segmento há pouco mais de 20 anos. Recebi para teste a versão Endurance com cabine dupla, motor 1.4 Fire/flex e câmbio manual de 5 marchas.


Com preço sugerido de R$ 74.990, esse modelo entrega 88 cv de força máxima e bom espaço interno para quatro adultos. A seguir, algumas observações sobre os detalhes principais da Strada Endurance.


Design >> Totalmente reformulada em traços e conceitos, a nova Strada teve o desenho refeito. Evoluiu em tudo, desde o espaço interno ao padrão de abertura de portas e uso de novos materiais. Parece uma miniatura da Fiat Toro e ficou bem resolvida na distribuição de volumes. O design é um ponto muito positivo no conjunto.

Ergonomia >> Tradicionalmente a Fiat é muito cuidadosa com essa questão. A maioria dos seus veículos tem boa posição de dirigir, acesso e saída ao interior facilitados e soluções inteligentes de ´convívio´, como por exemplo, puxadores de portas de tamanho certo para as mãos, espaço para pequenos objetos, visibilidade traseira ampla e eliminação de pontos cegos nos espelhos retrovisores.

O painel de instrumentos e diversos componentes internos foram herdados do Mobi. No geral, um competente trabalho de ´desenho industrial´.

Performance >> Picapes aqui no Brasil, em muitos casos saltaram do patamar de veículos utilitários de carga para carros de passeio utilizados cotidianamente. A Strada Endurance é simples, mas muito funcional e até entrega bom nível de conforto.

O torque na baixa é satisfatório e há poucos protestos do motor mesmo rodando-se em baixíssima rotação. O consumo é alto. Pisando muito de leve, não consegui mais do que 5,9 km/litro em ciclo urbano. A unidade de test-drive estava abastecida com etanol.

Balanço geral >> A Strada beneficia-se, antes de tudo pelo ótimo valor de revenda que conseguiu no mercado de seminovos. Robusta e sem muitas frescuras, sempre esteve à frente da concorrência oferecendo novidades interessantes, como por exemplo, o diferencial ´Locker´ e as carrocerias com opções de duas, três ou quatro portas.

O portfólio é mais amplo e as possibilidades de escolhas são infinitamente maiores que as das oponentes VW Saveiro e Chevrolet Montana. Merecia um consumo mais frugal, motor mais forte e câmbio automático. (Fotos: divulgação Fiat / Instagram: @acelerandoporai.com.br)
