Desde 2018 que há um forte movimento de órgãos europeus e norte-americanos de segurança no trânsito, contando, inclusive, com a participação da Organização das Nações Unidas (ONU), no sentido de tornar obrigatória a implementação do ´sistema de frenagem autônoma´, conhecido originalmente por AEB (Auto Emergency Breaking) ou Frenagem Automática de Emergência. O ´AEB´ começou a ser desenvolvido lá atrás. Por incrível que pareça, nos anos ´1950 já existia uma tecnologia que conseguia advertir (via sinal sonoro) ao motorista, a presença de um obstáculo à frente do seu veículo. Posteriormente, a invenção foi evoluindo e, como todo produto que tem alta demanda, começou a abaixar de preço e, portanto, a ser ofertado em larga escala. Nesse momento a Frenagem Automática de Emergência já atingiu um confiável grau de eficácia e é considerada um importante item dentro do universo da ´segurança ativa´, ou seja, de tecnologias embarcadas para evitar acidentes. Os freios ABS antibloqueio (do inglês Anti-lock Breaking System), o Sistema de Distribuição Eletrônica de Frenagem (EBD), Sistema de Controle de Estabilidade (ESC), Aviso de saída de faixa, reconhecimento de sinais de trânsito, aviso de distância segura e detecção de cansaço, são outros exemplos de sistemas de segurança ´ativos´. Estes convivem com os sistemas de segurança ´passivos´, que são as tecnologias criadas para minimizar ferimentos após a colisão consumada. As famosas bolsas de ar (airbags), o cinto de segurança de três pontos, os apoios de cabeça, colunas de direção deformáveis e válvulas bloqueadoras de combustível, são alguns exemplos de itens de segurança passiva.
A partir de 1º de setembro de 2022 a tecnologia de Frenagem Automática de Emergência será obrigatória em todos os carros zero quilômetro vendidos nos Estados Unidos. Os automóveis mais avançados que vêm equipados com isso, além de outros veículos posicionados adiante, também já conseguem identificar pedestres, ciclistas, motociclistas e até animais. A decisão dos norte-americanos é acertadíssima, já que naquele país, cerca de 28% das colisões ocorrem em batidas na traseira. São mais de 2,5 milhões de acidentes como esse por ano que, além de gerar muito prejuízo, causam danos graves à saúde. O uso inadequado do celular, a imprudência, a simples distração e curiosidade em desviar o olhar da pista à frente, dentre outros, às vezes resultam em ferimentos simples em punhos e braços, mas também geram traumas irreversíveis na coluna vertebral, lesões cerebrais e tantos outros problemas. No Brasil, os freios ABS e o airbag tornaram-se obrigatórios por lei desde 1º de janeiro de 2010, mas a Frenagem Automática de Emergência ainda não foi adotada por aqui.
Vários veículos, especialmente os mais caros, já são vendidos com esse equipamento no nosso mercado. A Hyundai Motor Brasil (HMB), empresa de origem sul-coreana com fábrica em Piracicaba (SP), através do seu hatch compacto HB20, desde 2019/20 está se antecipando a este panorama de obrigatoriedade que, cedo ou tarde, acontecerá aqui no país. Na semana passada pude testar a frenagem autônoma do novo HB20 (ano/modelo 2023) em situação real numa pista de testes da Pirelli. Tanto no tráfego frontal, quanto no traseiro, o ´cérebro´ eletrônico do compacto está 100% atento à iminência de uma colisão. Esse item sensacional de segurança está presente nas versões mais caras do Hyundai HB20; sem dúvida, um auxiliar de tranquilidade ao volante. (Fotos: Hyundai Motor Brasil / Instagram: @acelerandoporai.com.br)
