O segmento de sedãs compactos no Brasil é bem movimentado e, no topo da pirâmide há quatro carros que se destacam da média. Um deles é o Honda City, modelo nipônico que foi reformulado recentemente e chega à sua linha 2015 com alguns melhoramentos tanto na parte estética quanto no conjunto mecânico. O veículo agora passa a contar, por exemplo, com a opção de câmbio automático CVT, que disponibiliza escalonamentos de velocidade de maneira continuamente variável, ou seja, com “trocas” de marchas inexistentes na prática, priorizando a suavidade do funcionamento. Os maiores concorrentes do City são esses: Chevrolet Cobalt, VW Polo sedã e Ford New Fiesta sedã.
O que mudou? >> Esteticamente a Honda adotou no City o mesmo padrão global que já vinha mostrando nos outros modelos aqui revendidos. Como se sabe, globalizar significa em muitos casos, abaixar custos e foi isso que a montadora japonesa fez em relação ao City. A plataforma agora utilizada pelo sedã é a mesma que já equipava o monovolume Fit, o que significa o compartilhamento de peças e conceitos.
A parte frontal ganhou nova grade e os para-choques também foram refeitos. Seguindo outra tendência de moda entre os designers automotivos, o grupo ótico dianteiro do City também mudou e agora exibe faróis um pouco mais finos que casam bem com os novos vincos do capô e das laterais.
Parte traseira >> Quem estava acostumado com as lanternas traseiras (de aspecto quadradão), vai notar a grande diferença que a Honda adotou nesse aspecto. As novas estão mais ´orgânicas´, com formato mais horizontal e indefinido. O conjunto ficou bem mais moderno e agora invade as laterais da tampa do porta-malas. Essa parte do carro também foi mudada e tem novo desenho, vincos mais acentuados e até um friso cromado que faz a ligação entre as lanternas. O porta-malas cresceu de 506 para 536 litros, ampliando, portanto, a sua capacidade volumétrica.
Por dentro >> A Honda utilizou a equação interna bem aceita do Fit e a transportou para o City, já que, por dentro, agora o sedã está idêntico ao ´irmão´. Tanto o console quanto o painel de instrumentos foram redesenhados e mantém o mesmo padrão, com acabamento honesto para a faixa de preços (que começa em pouco mais de R$ 53 mil) e bom nível de requinte, equiparado aos três maiores oponentes citados no início desse texto.
Versões >> O Honda City 2015 já está sendo vendido em quatro versões: DX; LX; EX e EXL. A “EXL” passa a ser a mais completa da linha e a versão “Sport” foi descontinuada. Bem formuladas, todas elas já trazem um pacote decente e, numa escadinha ascendente, vão ficando mais completas de itens extras. Acompanhe o conteúdo de todas: DX (entrada) vem com ar-condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos, direção elétrica, rodas de aço aro 15 com calota e som com MP3. A LX ganha rodas de liga leve (aro 16) e um pouquinho de diferença na decoração externa com frisos cromados na grade e tampa do porta-malas.
Crescendo mais em acessórios, a EX (terceiro degrau) tem retrovisores com repetidores de seta, faróis de neblina, rodas com acabamento diferenciado, volante com comandos de áudio, Bluetooth, “borboletas” para trocas de marcha manuais, piloto automático, tela de 5” no painel, câmera de ré, ar-condicionado digital e chave do tipo canivete. A EXL (top da gama) tem tudo isso acima mais os bancos e volante revestidos em couro e um sistema de segurança mais completo, com AirBags nas laterais.
Considerações finais >> O City é aquela escolha racional de quem quer muito um Honda na garagem, mas ainda não decidiu investir um pouquinho mais no Civic, produto mais cobiçado da montadora aqui no Brasil. Na nova linha 2015 ele ganhou 5 cm no comprimento e tem distância entre os eixos de 2,60 m, o suficiente para comportar um adulto de até 1,80 m sem aperto nos bancos de trás.
A motorização é a mesma que já estava em linha. O sedã vem equipado com uma unidade de 4 cilindros Flex (1.5, 16V) com potência máxima de 116 cv e pico de torque de 15,3 kgf.m. Há a opção de câmbio manual de 5 marchas somente na versão de entrada (DX). As outras vêm com o câmbio automático CVT, de progressão continuamente variável. Um esquema eletrônico simula a existência de sete marchas somente para quebrar a ausência das mesmas.
O CVT já equipa o Fit e funciona, como dito, de maneira imperceptível: o veículo aumenta e diminui de velocidade de um jeito linear, favorecendo o conforto. Seu comportamento focado no uso urbano e o desenho de linhas esportivas devem mantê-lo no mesmo patamar de vendas (média de 1.500 unidades mensais), e brigando, principalmente com o GM Cobalt, pela liderança do segmento. (Fotos: divulgação)