Assim como tudo nessa vida, os ciclos e tendências também movimentam o ambiente automotivo rumo à uma consistente evolução. A questão estética dos carros, por exemplo, de tempos em tempos – do mesmo jeito que nos nichos de moda e alta costura – vai se adaptando ao gosto do público. Os famosos “rabos de peixe” que enfeitavam a parte traseira dos modelos da Cadillac nos anos ´1950 e ´60 são uma ótima referência disso, da inspiração que os designers tinham no universo aeronáutico. Isso passou e outros traços diferentes surgiram.
Mas existem alguns pontos em comum, certos costumes e preferências dos consumidores de veículos, que parecem se manter num equilíbrio constante, apesar do passar dos anos. Um deles é o bom atendimento. Não interessa se o cliente está num pequeno ponto de vendas avançado num longínquo interior brasileiro ou num elegante showroom de uma marca premium numa grande capital. As pessoas querem ser bem atendidas e levam isso em séria consideração na hora da escolha da compra de um carro.
Outro assunto extensamente discutido em redes sociais é a ´estética´ (o desenho, o estilo) dos automóveis. Isso é um ponto muitas vezes mais considerado pelos apaixonados por carros do que o espaço interno, a potência do motor, o conforto ou a procedência da fabricação. Ou seja, no contexto da escolha de um veículo zero km, a beleza, sim, conta pontos. Esse é um tema bastante relevante para a chamada ´Geração Z´ (pessoas nascidas entre 1997 e 2010), ou seja, indivíduos que têm hoje, no máximo, 18 anos. Essa turma expressa outra característica: é a mais aberta e interessada no sistema de uso de veículos por assinaturas e leasing. Eles não se importam em “ter” o carro como uma propriedade: querem apenas usá-lo.
Mais um anseio dos consumidores de automóveis na atualidade é bem explicado no termo inglês “autonomy anxiety” (ansiedade de autonomia, em tradução livre). Isso quer dizer que os proprietários de carros elétricos se preocupam bastante com o alcance dos seus veículos, se a autonomia da bateria será suficiente para que eles concluam os seus trajetos com tranquilidade. Daí a preocupação atual dos fabricantes em enfatizar nas suas propagandas que uma recarga rápida pode fornecer um percentual extra de autonomia.
As tendências de cores também são um ponto relevante nas escolhas dos veículos. O branco foi fortíssimo no início dos anos ´2000, o preto jamais saiu de cena, o vermelho ainda é relevante para carros esportivos ou para motocicletas de baixa cilindrada no nordeste brasileiro, o azul marinho sempre foi aceito como uma cor chique e hoje em dia as pinturas sólidas (não metálicas) e as foscas (cinza e verde, especialmente) reeditadas dos anos ´1970, também estão muito em alta.
Além de tudo isso, o desenho e o tamanho das rodas, as inspirações ´retrô´ para o interior, tecidos claros para os bancos e forrações, qualidade do sistema de infoentretenimento, tempo de garantia e rapidez na assistência técnica são detalhes extremamente importantes para a escolha de um carro zero km. Por fim, as pessoas gostam de sentir o cheirinho de carro novo, de sentar ao volante e olhar o produto de perto. E para você: o que é relevante na hora de escolher um carro? (Imagem: Microsoft Designer Creator IA / Instagram: @acelerandoporai.com.br)
