Uma das coisas que aprendi sobre o mundo automotivo com os geniais jornalistas Zé Luiz Vieira e José Roberto Nasser, preciosos amigos, é que o design dos veículos, tais quais os traços das roupas e seus modismos, evoluem naturalmente com o passar do tempo. As razões são óbvias: descoberta e uso de novos materiais, demanda do público, segurança e conforto. Os famosos ´rabos de peixe´, por exemplo, imortalizados principalmente pela Cadillac, não foram exclusividade somente dessa marca norte-americana, pelo contrário: diversos fabricantes também foram adeptos dessa tendência que marcou época (anos ´1950/60). Um pouco mais atrás, pelos idos de ´1920 e ´30, comprar um veículo de luxo na Europa era uma atividade que demandava meses, caso houvesse o pedido de algum ´opcional´. E uma das escolhas para firmar a exclusividade da compra era o modelo da carroceria. Muitos fabricantes confiavam esse trabalho às garagens profissionais especializadas em criação e construção de tipos de estruturas. Foi assim que surgiram os primeiros ´estúdios´ focados somente em personalizar projetos. Naquela época, a madeira prevalecia ante outros materiais metálicos como o ferro, aço e alumínio. Dentre fabricantes já extintos, outros seculares e tantas pequenas ´fabriquetas´ de feitura ou apenas montagem de carros, apesar da extensa literatura principalmente em língua inglesa, é impossível qualificar e quantificar todos os tipos de carrocerias que já existiram. Como curiosidade e em ordem alfabética, a seguir algumas das mais conhecidas do público apaixonado por carros!



Flower car: muito característico nas empresas funerárias norte americanas, por transportar caixões de defuntos e ter o teto ornamentado com flores em homenagem ao(s) falecido(s). Firmas de plantas também utilizam esse tipo curioso de carroceria.



Hearse: tipo de carroceria que advém do desenho de uma perua (station wagon), mas apropriada somente para transportar caixões com cadáveres… Diferentes dos ´flowers cars´.

Panel van ou van de painel: pequeno caminhão ou picape de porte grande com a parte traseira fechada, mais ou menos como um SUV (veículo utilitário esporte), só que direcionado apenas para cargas e trabalho.

Roadster: carro aberto com carroceria cupê ou sedã, geralmente com apenas dois lugares e com desenho esportivo, mas, diferentemente de um conversível, ele não tem capota, ou seja, não possui proteção contra a chuva, sol ou o vento. Dizem que os roadsters serviram como base para a criação dos conversíveis.

Shooting-brake: carroceria que confunde-se com uma perua (station wagon) pela sua disposição de volumes, só que traz muito mais esportividade no seu conceito e concepção construtivos.
Station wagon ou estate car (ou carrinha, em Portugal): veículo com estrutura de dois volumes e tem como característica principal a grande capacidade do porta-malas e a modularidade na disposição dos assentos.

Segundo a Wikipedia, há, ainda os seguintes tipos de carrocerias: Baquet; Barchetta; Berlinetta; Cabrio coach; Coupé de ville; Sedanca de ville; Town car; Hardtop; Landaulet; Phaeton; Roadster utility; Runabout; Torpedo e Touring. E aqui no Brasil a divisão dá-se desse jeito: Hatch (compacto e subcompacto); SUV (compacto, médio e grande); Crossover; Cupê; Fastback; Picape (leve/leve-média/média e grande); Sedã (compacto, médio e grande); Minivan (ou monovolume) e Utilitário leve. (Fotos: Google free royalties / Instagram: @acelerandoporai.com.br)