Os sistemas de auxílio ao condutor, incluindo aqui todos os recursos de segurança ativa e passiva, já estão presentes nos veículos modernos há muitos anos. Dentre eles, esses são os mais famosos: freios ABS, bolsas de ar (airbags), controle de tração e estabilidade, coluna de direção deformável e cintos de segurança com três pontos.
Todo esse processo evoluiu e trouxe, desde coisas simples e úteis (como um sensor sonoro de ré), até o complexo monitoramento dos olhos do motorista – via câmera com infravermelho – a fim de evitar acidentes por causa de fadiga ao volante. E daqui pra frente, por causa das rigorosas legislações, a tendência é que os conjuntos de segurança tenham os seus tentáculos ampliados, tornando-se obrigatórios em carros zero km.
Para se ter uma ideia dos benefícios dos sistemas auxiliares ao motorista, nos Estados Unidos e Grã-Bretanha, por exemplo, a frenagem autônoma reduziu em quase 50% as ocorrências de colisões traseiras. Esse tipo de sinistro acontece, em sua maioria, em velocidades entre 34 e 63 km/h, segundo dados do NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration). Esse é um intervalo perigoso aonde muitos motoristas distraídos cometem erros ao volante.
Uma nova esquematização ´salva-vidas´, ainda mais evoluída, está sendo desenvolvida pela Hyundai Mobis (uma divisão tecnológica da famosa marca sul-coreana). Trata-se do ICM (In-Car Monitoring ou Monitoramento no Carro). O nome é simples, mas o sistema constitui-se de um completíssimo conjunto de câmeras (externas e, principalmente, internas), além de outros sensores ultrassensíveis que servirão para observar, minuciosamente, o comportamento do condutor e dos outros passageiros.
O objetivo das potentes câmeras e sensores da turma da Hyundai Mobis é verificar, encontrar comportamentos inadequados ao volante, alertar e, caso não haja reação humana, o conglomerado eletromecânico entrará em ação em milésimos de segundo para evitar um acidente ou minimizar as consequências, caso o mesmo tenha sido inevitável.
As câmeras e sensores estarão atentos às mãos, aos olhos, pés, cabeça, expressões do rosto e, acredite: até no monitoramento da pulsação do motorista, já que este pode estar em apuros em decorrência de algum desconforto físico ou mental, incluindo o stress. E aí, a intervenção do ICM junto à Inteligência Artificial poderão auxiliá-lo, evitando um grave contratempo no trânsito.
Outro ponto importantíssimo do sistema ICM está ligado à infalibilidade do monitoramento dos assentos traseiros. Anualmente – no mundo inteiro – surgem ocorrências de esquecimento de crianças de colo ou animais de estimação dentro do veículo. Os casos, infelizmente, muitas vezes são fatais, levando ao óbito por causa do calor intenso no interior do automóvel. O ICM tem como objetivo não falhar em absolutamente nada, principalmente, nesse aspecto.
A consolidação do desenvolvimento desse sistema e a consequente implantação do mesmo ocorrerá, primeiramente, em veículos da Hyundai e KIA. E servirá, talvez, como um encurtador de caminho para novos níveis de veículos autônomos. (Imagem: Microsoft Designer Creator IA / Instagram: @acelerandoporai.com.br)
